NOVAS REGRAS
ECONOMIA SOLIDARIA E A TRANSFORMAÇÃO SOCIOECONÔMICA
Nas ultimas décadas o desenvolvimento significativo da atuação da economia solidaria no globo tem ampliado, pois este é um dos meios de resolver o problema da geração de trabalho, distribuição de renda e consumo, etc... Entretanto, novas exigências têm sido impostas como a sustentabilidade, autogestão e autonomia financeira.
A economia solidária é uma alternativa ao capitalismo. Há dependência econômica de algumas cooperativas, terceiro setor e da própria economia solidária, motivo pelo qual é indispensável a autonomia financeira. O social está subordinado ao capital, motivo pelo qual precisa estabelecer a base socioeconômica, pois não há social organizado sem capital. Portanto o socioeconômico precisa ser revisto e criar uma sinergia econômica, social, filosófica, cultural e ambiental.
A preocupação do associativismo é atender ás necessidades sociais. Estão impregnadas de filantropia em que se preocupa em satisfazer as necessidades sociais porem, esquece a cooperação econômica que é uma forma de se livrar da dependência no capital. Esta é sua grande força, mas precisa da educação cooperativa para entender a ajuda mútua, pois vivenciam a imposição do capital em toda ação humana.
A hegemonia do neoliberalismo no globo cria a necessidade de se criar uma nova doutrina que se preocupe com o socioeconômico, e realmente se torne uma alternativa para a geração de trabalho e distribuição de renda. A economia solidária não é ligada à ideologia do mercado que domina, ou melhor, desenvolve o conhecimento e as atitudes relacionadas ao consumo. È preciso educar quando jovem nos princípios cooperativistas para acabar com a ideologia do consumo, para que às necessidades de consumo venham de baixo para cima.
Na economia solidária novas regras que se organiza de baixo para cima para atender a sua comunidade que se baseia na necessidade e não com uma imposição de cima para baixo que socializa o consumo para educar no consumismo, desde a adolescência. È preciso educar na doutrina econômica da cooperação que organiza a autogestão, através da aplicação de um software e levantar todas as necessidades, interesses e reivindicações da base e concentrar num certo número de cooperadores/donos com mesma necessidade formando valor social, vai para a assembleia geral para decidir qual a ação a seguir. Após esta se organiza a autonomia financeira, através da compartilha dos recursos econômicos, financeiros entre todos os cooperadores/donos envolvidos na iempresa, a fim de cumprir com suas ações comuns.
A economia solidária surge num contexto de trabalho precarizado, pelo desemprego estrutural e vem como proposta para a geração de trabalho, distribuição e consumo numa singularidade pragmática. É um meio de pôr-se em confronto com os princípios capitalistas em seu empreendimento, através da autogestão que alavanca o poder, as decisões, a gestão e controle, mecanismo de produção para atender as necessidades da base que se encontra nas mãos dos cooperadores que são os donos para implantar a livre democracia. Não há um rompimento com a sociedade capitalista, mas tem como base a organização da empresa social feita por seus associados.
A doutrina econômica da cooperação é um contraponto ao predomínio do capitalismo em consonância com a doutrina econômica neoliberal, como predominância no globo com sua forma selvagem, de influência do capital organizado de cima para baixo que passa a manipular o consumismo ligado à ideologia do mercado. È preciso criar alternativas com bases solidas para enfrentar o poder do capital que fermenta no velho sistema, motivo pelo qual surge uma nova economia , “economia solidária” que se fortalece no globo.
É indispensável criar uma nova organização empresarial revisando o toyotismo como alternativa para a produção capitalista com seus resultados perversos em que amplia cada vez mais o grande número de desempregados e subempregados. A transformação socioeconômica advirá de uma moderna empresa que acaba com o sigilo do know-how e o usa para desenvolver seus recursos humanos, educando-os, informando-os e treinando-os de baixo para cima. Na iempresa o investimento é feito através do capital humano. Esta é a verdadeira revolução humana que trará a evolução, através da iempresa, uma empresa virtual.
O poder do capital tem que ser enfrentado e impor uma cooperação econômica em que todos tomam parte com o uso do capital, organizando o consumo para suprir as necessidades dos consumidores, gerando sobras e retornos.
No neocooperativismo o capital deve ser organizado em cooperação econômica para que todos participem em solidariedade ajudando um ao outro, reforçando a união faz a força. A educação, treinamento e informação são indispensáveis nesta quarta revolução industrial e tecnológica.
A ECONOMIA FINANCEIRA DOMIDA O GLOBO
O capital financeiro está dominando o mundo e depende da economia produtiva que, como o sobe e desce das ações, induz ao desemprego que prejudica e reflete de maneira global no universo, desestruturando os países ricos e os pobres, indeterminadamente.
“Há necessidade de mudanças na economia financeira para que se estabeleça uma nova estrutura no mercado de maneira global. Consequentemente, o socioeconômico, precisa rever o mercantilismo globalizado”, afirma Rosalvi Maria Teófilo, autora do livro “Economia Solidária – Novas regras”, lançado recentemente pela IEditora.
“A economia solidária deve usar a moderna tecnologia ad importação – TI – como meio para organizar o socioeconômico”, ressalta Rosalvi. Em seu livro “Economia Solidaria – Novas Regras”, a autora propõe uma simbiose socioeconômica, que constitui uma equidade dos valores do know-how, valor social e valor quota-porte para compartilhar os recursos humanos, materiais e econômico-financeiros, via software. Dessa forma, durante o processamento técnico, mantem a equidade. E, após suprir o capital produtivo, vai ao mercado pós-fixado para medir a equidiferença e através da valia da mão de obra, gerar lucro
Segundo Rosalvi, “o capital produtivo é desenvolvido pelo valor social em que cada cooperador/dono além de receber o treinamento, compartilha a cooperação econômica, numa dinâmica administrativa. A crescente economia especulativa tem afetado a todos os países, pobres e ricos, que se encontram em xeque, e está dominando o globo. Já uma ditadura do mercado financeiro complexo e desconhecido. A geração de trabalho passa a ser um dever social e a mais valia deve se transformar em valia de mão de obra, rever algumas situações antes do jogo de mercado, uma vez que essa situação tem desintegrado o social”.
O lucro das empresas vem de quotas-partes e não mais da comercialização e da mão de obra, pois todos são cooperadores/donos e usuários do capital. Nessa moderam empresa gera-se trabalho e patrocínio. Rosalvi sugere uma simbiose socioeconômica, através da informação que advém da maior produção humana e do poder aquisitivo do cooperador/sono, quem preveem o desenvolvimento da empresa, através do capital produtivo. A quota-parte passa a gerar lucro após a medida de equidiferença, pois o consumo será socializado.
A ditadura do mercado financeiro sem a hegemonia econômica que se esconde sob as cegas “Leis do mercado”, tem prejudicado o mercado de trabalho. O interesse social é gerar trabalho. Na vida social e econômica e as finanças, têm assumido papeis principais para os políticos a ponto de decidirem em função deles e não do povo. A administração é para o econômico-financeiro e o social perde pelo econômico-financeiro, a pobreza aumenta e como ela a fome e a falta de cultura, tudo em função do financeiro. O financeiro está destruindo o social : é preciso uma economia justa para a humanidade, “pois um outro mundo é possível”.
A ECONOMIA SOLIDÁRIA ORGANIZA O ABUSO DO CAPITAL FINANCEIRO
Rosalvi Maria Teófilo Monteagudo é formada em Biblioteconomia pela USP e pós-graduada em Ciência da Informação e em Cooperativismo. Polemica, ousada, visionaria, Rosalvi fez uma das palestras mais concorridas no último Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Fundadora e dirigente de diversas ONG’s, ela desmonta o mito que o cooperativismo é a saída para a inserção de desempregados no mercado de trabalho. “A cooperativa tem sim um papel importante, mas não na forma que é organizada atualmente e cujo o modelo fracassou no Brasil”, afirma a estudiosa
Autora do livro “Economia Solidária – Novas Regras”, lançado recentemente pela iEditora, Rosalvi apresenta algumas propostas/regra inovadoras com soluções objetivas para o Cooperativismo. “Em sua proposta de Economia Solidária, Rosalvi sugere novas regras para a distribuição de renda, transformando todos os trabalhadores e empresários em cooperados/donos e usuários do capital – humano e financeiro. “A economia tem que ser independente de política e pertencer a toda a sociedade”, avalia. “Caso contrário, continuares manipulados pelo atual sistema político-financeiro”
O uso social da informação também é tema do livro. Rosalvi acredita que o lado positivo da globalização é a livre manifestação de ideias e opiniões, graças ao desenvolvimento da tecnologia, e principalmente da internet. Entretanto, a informática poderia fazer mais pelo ser humano do que faz atualmente se for desatrelada de interesses econômicos particulares e passar a ser um instrumento da democracia da cooperação. “Imagine toda a sociedade compartilhando igualitariamente os recursos da tecnologia da informação e resolvendo nossos principais problemas, como o desemprego”, sonha.
CONSUMO É PREJUDICADO PELOS INTERMEDIÁRIOS E SALÁRIOS BAIXOS
A circulação do dinheiro está sendo prejudicada pelo juros alto. O empréstimo de dinheiro é para alcançar o que se deseja obter em troca de uma mercadoria, então se vai atrás do crédito.
Esta é uma maneira de se conceder ao social aquisição de consumo: Porém, provoca a cobrança de juros gerando lucros para o capital ponto-final social sem poder pede empréstimo para suprir a renda baixa e cobrir o débito.
O problema é maior, pois traz desesperança dos que, tem emprego, não tem como sair disso.
Isto provoca um ciclo vicioso empréstimo sobre empréstimo, até perder o ânimo e aceitar passivamente essa situação de pobreza, levando-os a inadimplência ponto final o capital está dominando o Globo e o juros aumentam o lucro do Capital em detrimento do Social.
O crédito é aquisição de um empréstimo que oferece um capital real, cobrando juros exorbitantes para obter o pagamento correspondente, como garantia de devolução no futuro. É um dos meios para pôr a distribuição ordenada da produção e o consumo. Infelizmente são para os que não tem capitais. A empresa pede crédito para investir e repassa o juros ao preço final.
O consumidor não tem meios de repassar e dedos de seu salário que no momento ajuda, mas depois vai pesando e vê se tem condições de cumprir com o compromisso. A venda a prazo e os empréstimos em dinheiro são formas de créditos que vem com juros altos cobrados, causando prejuízo para quem não tem capital. O capital é uma mercadoria cara para os que precisam. Pedem um empréstimo que vem com juros altos e são enganados ao pagar em modicas prestações. Aumenta o retorno para os donos do Capital, sem benefício ao social.
As manchetes do Estado de São Paulo de 29 de março de 2004, diz:" crédito pessoal bate recorde, mas não anima consumo. Consumidor vê retomada com ceticismo. O consumo caiu, o consumidor não consegue comprar o necessário. Financeiras caçam cliente dentro das lojas. Os Comerciantes ganham para cada financiamento aprovado. A financeira ou banco economiza nas despesas que teriam, caso abrissem uma agência para conceder empréstimo".
O juros do cheque especial são altos e fazem empréstimos para pagar juros menores, uma vez que o salário está achatado. Estamos pagando modicamente não ao que consumimos, mas ao capital, prejudicando as indústrias, o consumo e a geração de trabalho. É preciso mexer nos intermediários, comércio, bancos e financiadoras para organizar a economia do país.
Infelizmente, esses exploram e transformam a quem pode dar retorno ao país, gerando trabalho. Tiram dos que trabalham, e os desempregados? Ninguém tem coragem de mexer no poder dos que fazem a estrutura econômica do país. Até quando vamos viver nessa situação de exploração?
O país pobre sem capital não tem coragem de mexer nesse poder e vão aumentando os impostos, tributos, juros, etc. Há muito que se fazer para o social.
Até quando o financeiro vai orientar O Globo? Até quando o capital vai interferir no Social? Não é a globalização que destrói a humanidade, mas desumana égide do capital quem dera interessada somente no lucro e na concentração de renda nas mãos de poucos. Precisão ousar e organizar o capital de todos em cooperação e compartilha e econômica, estabelecendo a base de uma estrutura em que todos sejam cooperadores, donos e usuários do capital. A geração de trabalho e a distribuição equitativa de renda é que vai socializar o consumo.
DEZ MILHÕES DE EMPREGOS É POSSIVEL
A economia do mercado tem necessidade de passar por uma grande transformação pois precisa atender às reivindicações da humanidade de gerar trabalho. É preciso tirar a intervenção estatal do capital para buscar a cooperação econômica e, assim, formar a interdependência na participação econômico-financeira para compartilhar os recursos humanos, matérias e econômico-financeiros, com igualdade, fraternidade e liberdade”, afirma a estudiosa no assunto, Rosalvi Maria Teófilo Monteagudo – pós-graduada em Ciência da Informação e em Cooperativismo.
Ousada, visionária, Rosalvi fez uma das palestras mais concorridas no último Fórum Social Mundial de Porto Alegre. Fundadora e dirigente de diversas ONGs, ela desmonta o mito que o cooperativismo é a saída para a inserção de desempregados do mercado de trabalho. “A cooperativa tem sim um papel importante, mas não na forma que é organizada atualmente e cujo modelo fracassou no Brasil”, afirma a estudiosa.
Autora do livro “Economia Solidária – Novas Regras”, lançado recentemente pela iEditora, Rosalvi apresenta algumas propostas/regras inovadoras com soluções objetivas para o Cooperativismo. “Em sua proposta de Economia Solidária, Rosalvi sugere novas regras para distribuição de renda, transformando todos os trabalhadores e empresários em cooperadores/donos e usuários do capital – humano e financeiro. “A economia tem que ser independe da politica e pertencer a toda a sociedade”, avalia. “Caso contrário, continuaremos manipulados pelo atual sistema político-financeiro.
“Há sim uma necessidade urgente de mudança na organização econômica, para que haja realmente cooperação, e se administrar através do social e não somente do abuso do capital. A grande mudança nessa terceira revolução industrial e tecnológica é que o abuso passa a ser da informação, que está desintegrando o social e consequentemente o econômico, motivo pelo qual deve se organizar em simbiose socioeconômica. Este vai ser um dos meios de se regulamentar o mercado de trabalho em desenvolvimento social e organizar o capital produtivo da empresa. É a partir dai que não gerar trabalho e patrocínio, pois todos são cooperados/donos e usuários do capital”, afirma a estudiosa.
O uso social da informação também é tema do libro. Rosalvi acredita que “o lado positivo da globalização é a livre manifestação de ideia e opiniões, graças ao desenvolvimento da tecnologia, e principalmente da internet. Entretanto, a informática poderia fazer mais pelo ser humano do que faz atualmente se for desatrelada de interesses econômicos particulares e passar a ser um instrumento da democracia da cooperação. “Imagine toda a sociedade compartilhando igualitariamente os recursos da tecnologia da informação e resolvendo nossos principais problemas, como o desemprego”, sonha.
MERCADO CONSUMIDOR ORIENTA PROPAGANDA E MARKETING
Essa Terceira Revolução Industrial e tecnológica provoca a necessidade de adaptação para o uso do computador. Para adequar a nova época em que a informação tem um poder maior do que o próprio capital, através de seu controle que subjuga a sociedade manipulada pelos modernos meios de comunicação. Esse é o maior Alerta que possa Despertar a importância do ser para organizar o que pode se desenvolver e não somente ter.
A organização socioeconômica é uma interdependência com a comunidade, motivo pelo qual o mercado consumidor é estudado antes. A partir dessa organiza-se a propaganda e o marketing.
Nessa economia solidária O mercado consumidor é a base da empresa, em um moderno enfoque sistêmico.
Dessa forma o mercado de trabalho tem como base estudar todas as necessidades do mercado consumidor, levando todos os interesses e as reivindicações para ampliar a demanda.
Atualmente, muitas empresas tem implementado o sistema de computação, no entanto, tem um vínculo de cooperação e interação com as diversas empresas dos seus respectivos segmentos. A grande alteração no mercado da informação é não isolar e torná-la comunicável, já que a informação precisa ser veiculada Entre todos os envolvidos no processo, principalmente, Por que sua maior vantagem é a de compartilhar recursos humanos, materiais econômico-financeiros e etc.
O sistema da Computação trouxe essa grande mudança a organizar a estrutura de informação. As empresas precisam adaptar-se a essa nova situação, pois, Sem dúvida, Vivi e sobrevivi das informações que precisam ser organizadas e programadas, antes e não depois da produção.
A empresa se organiza do Produtor ao consumidor, e precisa passar por mudanças a serem feitas pela comercialização não do produto, mais do know-how organizando o capital produtivo para gerar trabalho em Desenvolvimento Social e em consequência da cooperação econômica e. A propaganda deve mudar para o valor do know-how e não mais para o produto que foi avaliado pelo controle de qualidade, a fim de atender o consumidor com transparência. Portanto, a propaganda, a comercialização e o marketing têm como objetivo maior facilitar a viabilização Econômica. Esses precisam se reestruturar, Pois deve passar a respeitar o consumidor. A empresa deve ser organizada do Consumidor ao consumo, diminuindo o estoque e regulamentando-os, sugere Rosalvi.
A comercialização, a propaganda e o marketing das empresas vão caracterizar a credibilidade pelo controle de qualidade. Por essa razão deve-se sofrer grandes mudanças, invertendo o estado do mercado consumidor para organizar a produção e suprir o mercado de consumo, uma vez que é grande a troca de informação via internet. O marketing deve ser de forma educativa e transparente. O controle de qualidade deve ser medido antes de ir ao mercado de consumo. Rosalvi Monteagudo destaca novas regras em seu livro "Economia solidária", distribuído em nível nacional.
O NOVO VALOR PARA A MOEDA
O dinheiro não tem valor como antigamente. O seu valor é determinado pela riqueza do pais, porem seu valor de troca é estabelecido pelo mercado. O dinheiro é uma mercadoria sob a forma de cartão, cédula, moeda que tem um curso oficial, controla a economia do mercado que fica subalterna ao controle do capital dos países ricos, que interferem pela subordinação econômico-financeiro. A mercadoria “moeda” está gerando muito lucro e cria uma dependência para o social.
“Nesta terceira revolução industrial e tecnológica, o mercado precisa ser planejado e programado através da informação, numa semi-integração, cooperação. A empresa e o mercado de consumo formam-se pelo capital produtivo e não pela produção. Portanto, não há acúmulo para o capital. A merda é o meio de troca e passa a ser excedente e não a mercadoria, uma vez que se socializa o consumo para gerar trabalho ao organizar antes, o mercado consumidor”, afirma a estudiosa Rosalvi Maria Teófilo, pós-graduada em Ciências da Informação e Cooperativismo e autora do libre “Economia Solidária – Novas Regras.
Nessa nova era, a merda deve ser revista, assim como todo o sistema capitalista. A informação tem valor de moeda e a Internet está comercializando em função desta, sem controle de qualidade. O capital deve ser organizado para proveito do homem a fim de acabar com a dependência econômico-financeira e, consequentemente controlando a inflação.
“Precisamos de um capitalismo mais humano, com uma politica socioeconômica e não somente política monetária. A economia solidária busca solução na moeda pelo uso humano da moderna tecnologia a partir das necessidades das pessoas para formar uma democracia econômica”, concluir Rosalvi.
Atualmente, as pessoas não têm dinheiro para obter o que o mercado oferece e trabalham sem obter sequer para o seu sustento. O trabalho deve gerar capital, a fim de oferecer meios de subsistência, formando, pela organização socioeconômica, uma economia autossustentável, motivo pelo qual fixa o homem no local de trabalho e organiza a moeda, via software, através de simbiose socioeconômica.
Na economia solidária o valor da moeda é global para formar o valor de custo do knon-how e o valor local é prefixado, de acordo com a lei da oferta e da procura, estuda o mercado consumidor antes. O valor moeda é para o controle de qualidade no mercado preestabelecido, de acordo com o poder aquisitivo dos cooperadores/donos faz uma simbiose socioeconômica que vai organizar o valor da moeda prefixada, estabelecendo as fases da moeda local, tudo através de regras.
“O trabalho deve gerar capital para a distribuição de renda, a fim de oferecer meios de subsistência, formando pela organização socioeconômica, uma economia autossustentável. O capital deve ser organizado para proveito do homem, a fim de acabar com a dependência econômica dos países ricos, e ser torne uma economia humana”, finaliza a estudiosa.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO A SERVIÇO DO HOMEM
O desenvolvimento da tecnologia da informação e a globalização podem ser utilizadas para resolver os problemas sociais e econômicos dos países do chamado terceiro mundo. Essa é a tese de Rosalvi Maria Teófilo Monteagudo, pós-graduada em Ciências da informação e Cooperativismo, com amplo currículo de trabalhos em entidades do terceiro setor.
“Há necessidade de uma nova adaptação a essa terceira revolução industrial e tecnológica, para se organizar o mercado de informação, uma vez que ele passa a ter poder e valor de moeda”, explica.
Hoje é possível desenvolver softwares capazes de melhorar o intercâmbio entre profissionais que trabalham de forma autônoma, mas ao mesmo tempo solidária.
“O sistema cooperativista será a base de nossa economia no futuro e deve funcionar como um contraponto ao atual modelo de exploração do mercado, onde a lei do mais forte impera em todos os níveis”, avalia.
A interdependência da área de atuação local/comunitária com a área de ação global define o uso humano do computador, a fim de globalizar a cooperação econômica, revertendo em solidariedade social.
“A economia solidaria organiza o abuso do capital pelo financeiro, que tem aumentado os lucros das empresas e desintegrando o social”, critica a especialista, autora do livro Economia Solidária – Novas Regras (IEditora). Em agricultor do interior no Brasil, exemplifica Rosalvi, pode controlar toda a sua produção familiar, via softwares e estar conectado com parceiros em todo o mundo, via internet trocando informações técnicas e econômicas.
O grande entrave para o modelo solitário proposto por Rosalvi é a exclusão digital, não só no Brasil mas em todos os países em desenvolvimento.
“O preço dos computadores e dos softwares estão ampliando ainda mais o fosse entre os informados e os desinformados, os cidadãos e os excluídos, os ricos e os pobres. Para resolver esse problema a autora não reivindica ações governamentais, ao contrário, “apenas com a mobilização da sociedade e de entidades do terceiro setor é que esse novo modelo será implantado”, defende. “A mudança acontecerá de baixo para cima”.
“O Estado necessita participar desta democracia da cooperação desistindo do proposito de vincular as classes sociais com a produção, vendo-as somente como agrupamentos econômicos, não como realidades sociais, que são e que devem ser devidamente representada com o apoio e estímulo, a fim de que possam ser gerados empregos, ou melhor, trabalhos."
UMA OUTRA ECONOMIA É POSSÍVEL, UMA NOVA PROPOSTA AUTO-SUSTENTAVEL,
EM SOLIDARIEDADE SOCIAL
As entidades do terceiro setor devem cooperar positivamente com as instituições públicas e privadas, numa moderna parceria. Com a experiência de mais de 20 anos militando em ONGs e pós-graduada em Ciências da Informação e Cooperativismo, Rosalvi Maria Teófilo Monteagudo observou que a rede de economia solidária, formada por instituições do terceiro setor, criou uma nova relação capital-trabalho que deve ser o alicerce de um futuro tempo de real modernidade. O empreendedorismo e a solidariedade são características, que deveria estar presentes, não apenas dentro de todas as organizações, mas também nas relações com o mercado dos consumidores, através do estudo das necessidades, dos interesses e das reivindicações na comunidade, a fim de tornar-se autossustentável.
“A economia solidária, pode tornar-se a terceira via”, diz, como alternativa ao capitalismo e ao socialismo, pois procura uma economia justa para a humanidade. Uma outra economia é possível quando estabelece bases socioeconômicas. Ela prefere o caminho do cooperativismo revisado, ou seja, com novas regras. Esse é o tema de seu livro Economia Solidária – Novas Regras (iEditora, 209 páginas, 28,00 reais). A autora foi para o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, em busca de apoio e compreensão para as suas novas ideias, pois as transformou em ideal. Naquele momento, apresentou parte das ideias contidas no livro, com aceitação entre representantes de diversos países, motivando-a a continuar.
As regras que propõe é um sofisticado sistema, via software, através do uso da tecnologia da informação (TI) que possibilita compartilhar os recursos com precisão. Rosalvi desenvolveu um cálculo que pode parecer complicado, pois é novo – que o computador ajudará a descomplicar, segundo ela. Cria uma nova moeda, em simbiose socioeconômica, prefixando-a em valores baseados da necessidade do mercado e da demanda. Ao elaborar o produto e ou o serviço, acrescenta-se o valor pós-fixado, com variáveis que inclui a performance do item fabricado ou da mão-de-obra (física ou intelectual), formando um novo valor para o controle de qualidade do capital produtivo. É quando diz que esse seu estudo pode ser útil por gerar trabalho e distribuição de renda. “Inclusive, serve como controle para os produtos pirateados que tem gerado desemprego e mais-valia etc.”.
Nessa revisão do cooperativismo, o atual modelo é invertido : passa a cooperar com o países, ao regulamentar o mercado de trabalho, financeiro e controlar a especulação. O sistema acaba com a mais-valia, porque todos são cooperadores e donos, através da compartilha dos recursos humanos, matérias e econômico-financeiros. “A democracia econômica é a melhor forma de organização social” sonha. Gerar trabalhos e não mais empregos, seria a meta almejada por Rosalvi. “O capital produtivo organiza os valores sociais e estabelece as bases para o econômico-financeiro”. Para a autora, “a empresa é o meio de gerar trabalho e organizar a distribuição de renda”. Inclusive a pesquisa deve ser um bem público em beneficio a humanidade, gerando trabalho e divisas, desenvolvimento, fixando o homem na terra e organizando um mercado autônomo.
Parece utópico? “As organizações do terceiro setor hoje já operam num sistema parecido”, lembra a autora, “muitas delas autônoma e gerando renda para seus participantes”. O capital produtivo, e não mais o especulativo, será o meio de se gerar lucro, pois a ação acontecerá a partir do ser para ter, através da humana produção da informação. O homem é a economia, o centro da organização econômico-social, e dele, de baixo para cima, surge o desenvolvimento”.
As ideias da Rosalvi buscam mudanças ao modelo administrativo em voga, hierarquizado com brutais desníveis de salário e muitas vezes baixa produtividade. “É a falta de motivação no trabalho. Baixos salários, marca da economia brasileira e dos países em desenvolvimento, geram um circulo de pobreza, inadimplência e insatisfação que desintegra o social, e consequentemente, o próprio empreendimento, já que as empresas são as pessoas”.