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ECONOMIA SOLIDÁRIA

  NOVAS REGRAS

ARTIGOS 2004

 

ECONOMIA SOLIDÁRIA, NOVAS REGRAS

Na economia solidária, a mão-de-obra vai a busca de know-how, que é bem público, e desenvolve o produto no local, gerando trabalho e organizando o mercado econômico-financeiro do país (antagônica que é à ditadura do capital, que desintegra o social). Exemplos são as pesquisas, que são repassadas ao mercado, a fim de gerar trabalhos e desenvolvimento social em cada país, através da globalização da informação, que, pelo know-how, organiza o treinamento (geralmente realizado com apoio e estímulo do Estado).

 

A economia solidária tem como maior retorno a geração de empregos, ou melhor, trabalho e patrocínio, através da simbiose sócio-econômica que é de acordo com o poder aquisitivo dos cooperadores/donos. A partir desses estabelecem a cooperação econômica e compartilham os recursos humanos, materiais e econômicos-financeiros formando a eqüidade durante o processamento técnico, via software.

 

 A cooperação é a ajuda mútua em ação, composta não apenas de organização econômica e social, mas também pela interação, integração e interdependência entre si, mas dos efeitos que redundam da solidariedade social e da cooperação econômica. Atualmente o governo interfere na economia nacional e não no mercado, que se globalizou, buscando viabilizar sua autonomia econômica; no entanto, não está sabendo como encontrá-la. Como o cooperativismo organiza o social, o governo, por sua área de ação limitada, deve apoiá-lo e estimulá-lo, pois precisa dele.

 

Ao limitar o crescimento, embora não possam expandir o mercado, o governo e o movimento da cooperação têm uma área de ação global econômica propícia ao retorno social, pois seus mecanismos tornam-se interdependentes e assim podem cooperar na geração de trabalhos dentro da autonomia econômica do país. Ao se transformar os cooperadores em donos e usuários do capital, passa-se, também, a proteger e amparar a produção local, colaborando com a organização do mercado interno e com a autonomia econômica do país, pois, apesar da globalização da economia, ao ingerir na área limitada do Estado-Nação, passa assim a gerar a organização social na área de atuação local/comunitária.

 

Há necessidade de uma nova educação, na cooperação, em que a autonomia do "EU" deve ser despertada, bem como todos os seus valores, para que o movimento possa atingir seus fins. Somente assim formarão cooperadores capazes de se respeitarem como donos e usuários do capital, numa autêntica cooperação econômica. Estabelecem-se as bases da empresa de acordo com as necessidades, os interesses e as reivindicações do mercado, levantados de baixo para cima, numa fase ANTES de entrar em adesão livre, através do estudo de mercado.

 

Após este, se obterá a totalidade dos interessados, para verificar se compensa constituí-la, uma vez que vai do consumidor a produção para o consumo. A comercialização, que era forma de gerar sobras, deve passar para o know-how que vem com valores preestabelecidos para o controle de qualidade. A nova revisão precisa organizar uma Economia Solidária, e cria novas regras aos universais princípios do cooperativismo; e, a partir dela, estabelecer a autonomia na organização da empresa, através da organização do mercado da informação e dos meios tecnológicos.

 

 

 

 

A GERAÇÃO DE TRABALHO E A INDÚSTRIA

A indústria é vista como forma de solução para a geração de trabalho, uma vez que essa traz a qualquer Nação muitas vantagens, pois os produtos exportados oferecem equilíbrio para a balança econômica. Uma questão não solvida é produzir para suprir o mercado interno, em vez de exportar. O povo não tem poder aquisitivo para consumir e os industriais não barateiam o preço final, por diversos motivos como a carga tributária, produção aquém das possibilidades, etc além do problema dos intermediários, bancos, financeiras, comerciantes. A organização do mercado interno é prejudicada pelo encarecimento do produto, e acabam exportando para ter meios de cobrir os efeitos da importação dos elementos básicos como, a matéria-prima, e, obviamente, ter lucros. 

A indústria sempre foi um dos meios de um país gerar trabalho e lucro a qualquer país. Quando não tem a matéria-prima em seu país, às vezes perde o autocontrole prejudicando o preço final no mercado interno, e isso ocasiona um conflito que pede a ação governamental. A matéria-prima quando tem uma demanda crescente afeta os preços de alguns produtos inflacionando a nível global. O aumento da demanda é para gerar trabalho e não inflacionar o mercado. Esse estudo deve afetar o preço final do mercado de acordo com as necessidades de consumo, criando um preço final justo para o mercado, sem exorbitância de lucro. 


O desemprego em São Paulo chega a 20,6%, segundo pesquisa do SEADE e do DIEESE, além do rendimento médio dos que trabalham que caíram 3,3% destacam o Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo de 23 de abril de 2004. Apesar de admitir que não conseguiram resolver o problema do desemprego, mas não procuram soluções ficam na mesmice de sempre e o povo sofre. Vários artigos nos jornais explanam o problema do desemprego. Há muitos meios de resolve-los, porém, o governo aumenta tributos e impostos que prejudicam a geração de trabalho. O The economist diz: "As promessas de emprego e justiça econômica começaram a parecer vazias".


Que preocupação do Partido do Trabalhador é essa? Não precisa fazer revolução, mas uma evolução socioeconômica. E a busca da eqüidade e o combate à fome? Essa deveria ser a proposta do governo que poderia buscar soluções, suprindo-as, gerando trabalho. A procura de emprego é recorde no país e no globo. Todos cobram empregos do governo, mas não se procuram soluções. 


A sociedade precisa organizar o seu mercado de trabalho e o governo orientar como. O problema de um crescimento não-sustentável precisa que o governo dos países emergente fique controlando a expansão e a desaceleração. Não há aumento no investimento, devido ao lucro alto com a especulação. 


A geração de trabalho no globo é prejudicada pelo consumo baixo devido ao preço final e ninguém mexe nisso. Portanto, ficam num circulo vicioso de dependência dos países ricos explorando a mais-valia da mão-de-obra dos países pobres. As industrias implementam seu know-how que fica sob controle e exportam para os países ricos que podem consumir, e prejudicam a geração de trabalho no globo. Isso tem que ser repensado. 


A industria é um meio de solucionar o problema da geração de trabalho e organizar a base, evitando o tempo ocioso. Entretanto, os países precisam buscar uma solução auto-sustentável com novas regras, a fim de fazerem a sua produção própria com a própria empresa. Porém, todos precisam ser cooperadores, donos e usuários do capital, organizando o mercado interno, socializando o consumo. Inverte a situação é o país precisando da organização do mercado da mão-de-obra, gerando trabalho e não vice-versa. O povo precisa se unir para organizar o seu próprio sustento, sem dependências. 


Os comerciantes e os industriais precisam ter consciência da eqüidade, como meio de cooperar e melhorar a condição social do homem, evitando o lucro exagerado e criando um preço final justo. A industria deve ser constituída pelo cooperador e dono, através da compartilha entre si para formar a sua própria produção e gerar mais trabalho para todos. A função social de uma moderna empresa é organizar o mercado de trabalho. 

 

Dessa forma podem basear-se na equidade para formar de maneira justa a eqüidiferença como meio de suprir o consumo com bom preço e qualidade. É preciso despertar na consciência humana a necessidade de organizar o seu próprio trabalho, evitando buscar emprego de porta em porta. Dessa forma terão uma vida melhor, produto do exercício de sua atividade com ocupação, ou melhor, de seu próprio trabalho. Precisa unir-se para que um coopere com o outro e patrocine a geração de trabalho. Não é a organização de uma empresa de consumo tirando o intermediário que vai gerar trabalho, nem a produção própria, mas a organização do mercado consumidor antes para constituir a empresa. 


Não adianta mudar as regras sem mexer na base, nem nos salários mínimos sem oferecer oportunidade de emprego. Precisa gerar trabalho para que o povo consuma para viver bem. As empresas que se organizam de baixo para cima precisam organizar a produção e adquirir a industria, compartilhando numa aquisição planificada. A industria é organizada pelas necessidades, os interesses e as reivindicações dos cooperadores/donos. 


A divisão em eqüidade será igual ao de um só com dispêndio de capital numa eqüidiferença de valores, dessa maneira, assumirão as despesas entre todos, numa união socioeconômica. Chega de concentrar nas mãos de poucos; é preciso descentralizar para que todos sejam donos e usuários do capital. O governo aumenta o salário mínimo, mas e a geração de trabalho? O desenvolvimento? A educação? A saúde? A geração de trabalho virá da organização de uma política socioeconômica, através de uma economia solidária, com novas regras.