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ECONOMIA SOLIDÁRIA

  NOVAS REGRAS

ARTIGOS 2006

 

OS BANCOS E A ECONOMIA SOLIDÁRIA

Precisamos ficar alertos para o rumo que as Ongs – Organizaçãoes não governamentais, cooperativas e OSCIPS podem ter, pois oferecem créditos, com juros de 4% ao mês. Tão pouco, não? Estão implantando um novo intermediário entre essas organizações para que o poderio do capital seja feito através dos bancos. Porém, precisam organizar seu capital. Nisso devemos ser antagônicos e nos unir para que uma política socioeconômica venha a se realizar e não a manutenção dessa política monetária que aumenta a concentração de renda nas mãos dos que se organizam pelos lucros no capital improdutivo.

 

Uma coisa é aumentar o acesso ao microcrédito para micro empreendedores e outra é colocar o social nas mãos dos bancos. No dia 23 de abril de 2005 o artigo “Microcrédito muda e aposta na parceria de bancos com ONGS”. Pretendem usar o terceiro setor como uma nova fatia do mercado e nos submetermos pôr ele e para ele ao poder do capital, via o microcrédito para cooperativas e OSCIPS, terceiro setor em geral, etc.

 

Dizem numa bondosa medida, os bancos que quiserem operar com o microcrédito precisam associar-se a essas entidades para repassá-los. Antes de qualquer decisão precisamos tomar consciência de nossa responsabilidade ante ao social para organizar em cooperação e compartilha econômica a empresa e não se submeter ao capital intermediário que cria a dependência pelo empréstimo que explora pelos juros. Estão querendo pelo dinheiro entrar e influir na ação social para capitalizá-los.

 

A interferência do corporativismo e do assistencialista do capital que entra de mansinho para resolver o social, cria a dependência que se instala como solução e fica para controlar. Juros? Impostos? Você sabe que os bancos além de seu lucro enorme pagam menos impostos que nós? O governo os beneficia. Pobre país capitalista, sem capital.

 

O artigo relata que além de Ter de operar diretamente com o microcrédito, os bancos terão de montar uma estrutura social como as das OSCIPS, e formar uns agentes de créditos, mantendo uma relação direta com a comunidade e não mais esperar que o cliente vá as agencias. Penetram para influir via o dinheiro sem um valor humano e aumenta a sua concentração de renda pela interferência socioeconômica.

 

Precisamos nos unir em nossa rede solidária que está buscando organizar o comércio e o consumidor, além de muitas outras vantagens. Estão nos transformando em mais um cliente do banco e mais uns dependentes dos juros e de seus lucros, aumentando e criando uma nova fatia para a concentração de renda e manipulação socioeconômica. Temos que ficar alertas, pois uma entidade, uma cooperativa, uma OSCIPS etc. têm uma preocupação socio econômica que visam o bom uso do capital, enquanto os bancos visam somente o lucro. Precisamos usar os recursos com competência entre nós e unirmos em cooperação, numa ação de auxilio mútuo e em compartilha.

 

O crescimento virá não da sustentação econômica, mas da auto- sustentação socioeconômica através do desenvolvimento dos recursos para organizar o mercado interno de cada país.

 

Os meios tecnológicos desviam do isolamento e mantém uma integração e cooperação global, numa grande união, porem, é necessário mudar as regras para dar um impulso socioeconômico que se prolongue pelo desenvolvimento para a distribuição de renda, numa reversão capaz de sustentar a si mesmo.

 

Nesta era da globalização a economia solidária é uma evolução que põem em prática a geração de trabalho para organizar a cooperação econômica.

Busca-se solucionar o problema da humanidade de organizar o seu capital para gerar trabalho e distribuir a renda, uma vez que as necessidades sociais organizarão a criação de bens e serviços do homem.

 

O desenvolvimento de um software para unir todas as ações sociais em redes de informações, em ação local, regional, estadual e global, numa compartilha dos recursos humanos, materiais e econômico- financeiros, a fim de organizar o socioeconômico em equidade e com justiça. A auto-sustentação procederá da organização desses recursos para compartilhá-los, numa interdependência entre os softwares, numa rede global.

 

Enquanto a cooperação econômico-financeira é em compromissos mútuos entre todas as entidades preocupadas com o social para reverter em ações práticas e compartilhar os recursos para acabar com o controle feito pelo capital e transformar um meio de gerar lucro pela geração de emprego.

 

Há necessidade de criar uma autonomia na organização de uma empresa para gerar a auto-sustentação para que todos pelo mercado de trabalho gerem seu capital sem dependências, pois precisamos não depender de econômico-financeiro, mas tornar-nos auto-suficientes. Há necessidade de uma política socioeconômica e não somente política econômica.